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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Book Review - The Great Gatsby


Imagem retirada de:


F. Scott Fitzgerald, O grande Gatsby. Lisboa, Relógio d´Água, 177 p.

Aqui está um livro da minha estante! Um clássico da literatura dos anos 20, a década mais interessante do século XX na minha opinião. Apesar da expectativa, este livro deixou-me com uma sensação estranha de tristeza e desilusão. Confesso que não tinha lido rigorosamente nada que me preparasse para a leitura deste livro. Consequentemente senti bem o choque de saber que: O grande Gatsby morre... O quê?! Não!? A verdade é que li o livro com demasiada avidez, fiquei triste com a história de Gatsby e a sua ilusão de reconquistar Daisy. 
A história é-nos contada por Nick Carraway, um jovem que ambiciona fazer carreira em Nova York. Quando Nick vai viver para Long Island, tem como vizinho o misterioso Gatsby, um magnata conhecido pela grandiosas festas na sua mansão luxuosa. Em Long Island, Nick convive com Thom, e respectiva esposa Daisy e ainda Jordan Baker, amiga do casal e por quem se vai envolver sentimentalmente. Nesta fase ainda falta a Nick descobrir o que se esconde nas vidas adornadas de luxo do meio social retratado.
Quando Gatsby finalmente reencontra Daisy, o seu primeiro amor, renasce a esperança de a reconquistar. Aliás, este teria sido o motivo para toda a sua ascensão social. Agora que era visível a todos que enriquecera, Gatsby já estaria em condições para oferecer a Daisy a vida que esta estava habituada a ter. Daisy já tinha percebido que o seu casamento com Thom não fazia sentido face às sucessivas traições do marido. Com Gatsby de novo na sua vida, Daisy poderia escolher um novo rumo. No entanto, Daisy  vai demonstrar que não merece o amor de Gatsby e que as convenções sociais/cobardia vão vencer mais uma vez. Nick Carraway vai criando uma maior empatia com Gatsby, acompanhando-o no rápido desenrolar de acontecimentos que inevitavelmente irão conduzir a um desfecho trágico da história.
Thom e Daisy fogem convenientemente para a Europa após Myrtle, a amante de Thom, ser atropelada por Daisy no momento em que saira à rua convencida de que era o amante Thom a conduzir o carro amarelo. Myrtle era casada com o mecânico local e não aceitava a sua vida como ela era. O caso que teve com Thom sera já consequência da sua vontade de ter outra vida, daí ter saído à rua para travar o carro, pensando que encontraria Thom ao volante com a esposa ao lado. Pobre Myrtle, também iludida mas também cruel com o próprio marido.
Gatsby assumiria a responsabilidade da condução do veículo, procurando proteger Daisy da culpa pelo atropelamento e fuga. No entanto, Daisy abandona-o e o marido de Myrtle vinga-se da morte da mulher, assassinando erradamente Gatsby. Nick fica consternado perante a morte de Gatsby, inocente de culpa, e assiste ao funeral do amigo, abandonado por todos. Como não ficar triste com esta história? A desilusão ao virar as últimas páginas nada teve a ver com a escrita deste autor mas sim por  esta história demonstrar tão bem a perda de ilusões e de ideais nesta sociedade com valores tão efémeros.

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